Guarulhos quer implantar, nos mesmos moldes que acontece na Capital, a "Operação Delegada" que institui oficialmente o trabalho extra realizado pelos policiais militares. O projeto de lei substitutivo é de autoria do vereador Alan Neto (DEM), que dispõe sobre um convênio de cooperação entre a Prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Na parceria, é instituído o direito de o policial militar utilizar a arma, o colete de proteção e a farda da corporação, além de ter suporte das viaturas oficiais, sendo autorizado pelo comando a trabalhar até nove horas diárias quando está de folga.
"Apuramos que na Capital, a grande maioria das mortes de policiais militares ocorria durante os bicos fora da corporação, geralmente de segurança privada. Nessa situação o policial está mais exposto, sem equipamento de proteção, sem comunicação e sem apoio operacional", disse Alan Neto.
Para o secretário de Segurança Pública do município, João Dárcio Ribamar Sacchi, isso significa um acúmulo de funções psicológicas. "Na verdade o Estado deveria remunerar melhor os policiais e, além disso, desde que o prefeito Sebastião Almeida assumiu, o efetivo da Guarda Civil cresceu mais de 40%. Antes era um pouco mais de 400 policiais, agora o número é de 800", afirmou o secretário que ressaltou que a intenção é de que até o final de 2012 sejam criadas mais 200 vagas, ou seja, a estimativa é que o efetivo suba para 1.000 guardas. "Além disso, o projeto deveria partir do Executivo e não do Legislativo, já que gera ônus para o município", finalizou o secretário.
A Operação Delegada foi criada em 2009 e tem como objetivo permitir a utilização de policiais militares, em dias de folga, no policiamento ostensivo e no apoio às prefeituras nas atividades de fiscalização que são responsabilidade do município.
