A Prefeitura de Guarulhos promove a 14ª Semana da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha com diversas atividades até o próximo dia 29 (sexta-feira). A ação ocorre em referência ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, cuja data foi instituída no Brasil pela lei federal nº 12.987/14 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em memória do marco internacional de luta e resistência da mulher negra como uma maneira de reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vividos até hoje.
De acordo com o movimento feminista negro, a data marca a reflexão, a resistência e a luta na busca por avanços em todos os aspectos (sociocultural, político e econômico) e de construção de políticas públicas que possibilitem por meio da ampliação de direitos que se alcance a autonomia e o bem viver.
A abertura da programação ocorreu nesta quarta-feira (20) com o painel de debates Representatividade Importa! Mulheres que Mudaram a História, promovido pelo Conselho Municipal de Políticas para Mulheres (CMPM) no auditório da Faculdade São Judas, no Macedo.
O evento contou com a participação da vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, Denise Kogake, da assistente social da Subsecretaria da Igualdade Racial de Guarulhos, Greice Oliveira, e da integrante do CMPM, a psicóloga Celina Santos. A mediação ficou a cargo da presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), a também psicóloga Luiza Owhoka.
Na próxima segunda-feira (25), das 14h às 16h, está previsto o painel Aqui o Racismo Não Vira com atividades abertas à população, como orientações sobre o serviço SOS Racismo no Centro de Integração da Cidadania (CIC) Pimentas (estrada do Capão Bonito, 53, Jardim Maria de Lourdes). Além disso, haverá a exposição Banners de Mulheres Negras e a roda de conversa História e Memória: Mulheres Negras Inspiradoras.
A programação prossegue na terça-feira (26) com a palestra Mulheres Negras Migrantes, das 14h às 15h30, no auditório da Secretaria de Educação (rua Claudino Barbosa 313, Macedo), cujo objetivo é provocar discussões e reflexões sobre os fatores de vulnerabilidade contidos no processo migratório, considerando as relações de gênero étnico-raciais, as violações de direitos humanos sofridas pelas mulheres migrantes, especialmente o tráfico de pessoas e o trabalho análogo à escravidão contemporânea, e as políticas públicas existentes para a atenção a essa população.
O tema será desenvolvido pela presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Criança e do Adolescente (Asbrad), a advogada, assistente social e pedagoga Dalila Figueiredo, e pela coordenadora do Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITTC), Stella Chagas, que é mestre em migrações, inter-etnicidades e transnacionalismo pela Universidade Nova de Lisboa.
Curso Mulheres Negras em Foco
Para encerrar a semana, do dia 27 ao dia 29 (de quarta a sexta-feira), às 19h, ocorrerá o minicurso Mulheres Negras em Foco, cujas inscrições podem ser feitas pelo link https://bit.ly/cursomulheresnegras. Ele terá duração de oito horas em formato virtual e será oferecido certificado.
A primeira aula (27 de julho) abordará a perspectiva teórica de gênero e será ministrada pela socióloga da Subsecretaria da Igualdade Racial, Elisa Castro, que é membro do Conselho Municipal de Políticas para Mulheres.
Na quinta-feira (28) o minicurso terá como tema Mulheres Negras e será tratado pela especialista em gestão pública pela Unifesp e membro do Compir, a assistente social Greice Oliveira. Já no último dia (29) o tema discutido será Mulheres Afrolatinas Caribenhas com a explanação da mestre em comunicação pela Universidade Federal do Paraná, a jornalista Andréa Rosendo, doutoranda da Universidade de São Paulo.
A iniciativa é da Subsecretaria da Igualdade Racial, integrante da Secretaria de Direitos Humanos, e conta com parceria da Subsecretaria de Políticas para Mulheres.