Cidades

Guarulhos se destaca em ações para migrantes e refugiados que permanecem na cidade

A Prefeitura de Guarulhos dialogou sobre as ações voltadas a migrantes e refugiados no município com representantes da Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta quarta-feira, em encontro realizado na sede da Secretaria de Educação, no Macedo.

Na oportunidade, os secretários de Desenvolvimento e Assistência Social, Fábio Cavalcante, e de Educação, Alex Viterale, apresentaram aos membros dos órgãos internacionais as ações de educação, de saúde e de acolhimento voltadas aos afegãos e aos demais estrangeiros no município.

“Guarulhos conta hoje com cerca de 1,2 mil crianças estrangeiras matriculadas na rede municipal de ensino e 60 adolescentes e adultos estudando língua portuguesa no Centro Municipal de Educação e Artes – Cemear. Desse total, 28 crianças e 20 adolescentes e adultos são afegãos”, informou Viterale, destacando a importância do aprendizado do idioma na socialização em um novo país.

Para Cavalcante, as ações da Prefeitura vêm ao encontro do desejo dos migrantes de construírem uma nova história no Brasil. “Eles se sentem acolhidos aqui. Para além das equipes de atendimento, são bem tratados na vizinhança dos abrigos, nas ruas, nos comércios e em todos os lugares. Sentem que aqui é um bom lugar para começar de novo e estamos buscando ofertar toda a estrutura necessária para que isso aconteça tranquilamente”, afirmou o gestor.

Acolhimento

Guarulhos dispõe atualmente de 257 vagas de acolhimento exclusivas para migrantes e refugiados. Desse total, 207 são geridas pela Prefeitura de Guarulhos e outras 50 pelo governo estadual. No momento, todas as vagas estão ocupadas por refugiados afegãos.

Entre janeiro de 2022 e setembro de 2023, mais de cinco mil afegãos foram recebidos pela Prefeitura de Guarulhos no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, equipamento municipal instalado no terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica. Enquanto aguardam vagas de acolhimento, a segurança alimentar é garantida pelo município, que fornece diariamente café da manhã, almoço e jantar, além de kits com materiais de higiene pessoal, água e cobertores.

“É um número muito grande de pessoas que não estávamos esperando e nem preparados para receber. Desde o início desta crise tivemos gastos não previstos no orçamento público, mas nunca deixamos de atender e nem de buscar a melhor forma de atender as necessidades especiais de cada público como alimentação diferenciada, por exemplo”, finaliza Cavalcante.

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