Desde novembro de 2015, quando houve, no Brasil, a primeira confirmação do zika vírus em casos de microcefalia – condição neurológica rara – a doença passou a ser de notificação compulsória, sendo assim, todos os casos de nascimento que apresentavam a condição passaram a ser investigados. Em Guarulhos 42 bebês estão sendo acompanhados. Em balanço da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado nesta quinta-feira (4), aparece a primeira confirmação na cidade.
Trata-se de um bebê nascido em março deste ano, que estava sob investigação. Ele apresentou a presença do vírus no líquor, sugerindo a infecção congênita pelo zika, provavelmente contraído pela mãe durante viagem ao Rio de Janeiro.
Em Guarulhos três casos de adultos com zika vírus foram confirmados no mês de julho. Um militar e duas mulheres foram dignisticados com a doença, porém nenhum dos pacientes apresentou problemas ou complicações, segundo a pasta. As mulheres teriam contraído a doença nos bairros Bonsucesso e Jardim Itapoã.
Os números de pacientes com doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti continua a crescer na cidade. Apesar da queda significativa de casos de dengue em relação ao ano passado, a chikungunya e o zika vírus ainda causam preocupações à população. Nenhum óbito foi registrado.
Ainda segundo o balanço divulgado pela Secretaria de Saúde, 68 pessoas contraíram chikungunya na cidade, em 65 dos casos os pacientes foram contaminados fora do município, em estados como Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Apenas três casos foram de moradores dos bairros Taboão, Centro e Carmela. Foram registrados 1.153 casos de dengue na cidade.
A pasta esclareceu que a Prefeitura vem trabalhando para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti e orientando as pessoas, especialmente as gestantes, sobre as formas de prevenção do Zika vírus, além de recomendar o uso de preservativos nas relações sexuais.