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Guarulhos tem 4 casos confirmados de sarampo neste ano; Estado soma 66 casos

A cidade de Guarulhos registrou em 2019, até esta quarta-feira, 19/06, 4 casos de sarampo, confirmados a partir do resultado de exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As pessoas infectadas residem no Jardim das Nações, Jardim Brasil, Pimentas e Jardim Angélica, locais em que os profissionais de Saúde do município já estão realizando uma ação de bloqueio para evitar a transmissão da doença, com a vacinação de todos os moradores que estão com a dose em atraso em um raio de oito quarteirões do ponto em que foram verificados os casos. 
 
Em todo o estado foram 66 casos confirmados da doença. Houve um alerta das Vigilâncias Sanitárias do Estado e da Capital, que saltou de 14 para 32 casos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde.
 
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, além dos 32 casos da Capital e dos 4 de Guarulhos, outras cinco cidades têm casos confirmados da doença: Santos (21 casos), Santo André (6), Osasco, Jales e Sorocaba (1 cada).
 
Chegada da doença na cidade
A confirmação dos casos de sarampo já era esperada em Guarulhos, uma vez que de janeiro até o final de maio o estado de São Paulo registrou 36 casos, o maior número desde 1999, quando, em todo o ano, foram contabilizadas 94 pessoas infectadas, segundo a Agência Brasil (EBC).
 
Preocupado em intensificar a imunização na cidade, o prefeito Guti foi pessoalmente solicitar mais doses da vacina ao governador João Doria na semana passada. No entanto, até o momento, Guarulhos não recebeu nenhuma resposta do Estado, uma vez que, como divulgado nesta terça-feira (18) pelo Centro de Vigilância Epidemiológica Estadual, em outros municípios o número de casos de sarampo é ainda maior, como na capital paulista, que já registra surto da doença, com 32 pessoas infectadas desde o início do ano.
 
De acordo com a EBC, o primeiro surto deste ano ocorreu em Santos, com 21 casos provenientes de um navio que atracou no porto da cidade. Pelo menos 17 tripulantes e dois passageiros tiveram a doença confirmada. Outros dois casos atingiram profissionais de saúde da baixada santista.
 
Alto risco de contágio
O sarampo é uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus. A transmissão ocorre de maneira semelhante à gripe, ou seja, de pessoa para pessoa, através de tosse e secreções. 
 
Os principais sintomas da doença são: febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecidas como sinal de koplik, que antecedem de 1 a 2 dias do aparecimento das manchas vermelhas.
 
Podem ocorrer também febre e convulsões, infecção nos ouvidos, conjuntivite, pneumonia, perda de apetite e diarreia. Em casos graves, provoca lesões cerebrais e infecções no encéfalo.
 
Prevenção e tratamento
Não há tratamento específico para o sarampo e a prevenção mais eficaz é por meio da vacina disponibilizada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O esquema vacinal prevê a primeira dose da SCR, que previne contra sarampo, rubéola e caxumba, quando a criança tem um ano de idade. A segunda, chamada de reforço, é dada aos 15 meses, com a tetra viral, que protege contra as três doenças citadas e a varicela.
 
Crianças maiores de sete anos e indivíduos com até 29 anos devem ter tomado duas doses de SCR. Adultos acima de 30 anos e os nascidos a partir de 1960 devem ter tomado pelo menos uma dose da SCR.
 

 

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