No início dos anos 2000, havia em Guarulhos um movimento de grande expansão imobiliária e hoteleira. Na época, o município contava com 1.027.717 habitantes, segundo o IBGE. A cidade, em diversos bairros da região central e também da periferia, assistia a terrenos antes vazios ou ocupados por construções antigas darem lugar a uma série de edifícios residenciais, comerciais, além de novos hotéis. Anunciava-se uma nova fase de desenvolvimento.
O movimento imobiliário tinha um motivo claro: a escassez de terrenos na Capital, aliada a leis municipais que inviabilizavam novas construções, empurrou para Guarulhos – uma terra sem leis ou com leis bem mais amenas – o tal do boom imobiliário. E assim aconteceu: lançamentos de apartamentos de baixo, médio e alto padrão por todos os cantos. Não importava o impacto viário. Construtoras conseguiam as licenças sem o menor problema em troca da abertura de uma pequena via, uma mudança ou estreitamento de calçada, entre outras ações mínimas que nem de longe compensam o grande volume de veículos causado pelos novos apartamentos entregues.
Leia mais:
Novos empreendimentos não realizam compensações viárias