O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez nesta terça-feira, 30, um apelo ao governo e parlamentares para que os acordos políticos caibam nos orçamentos. "O nosso apelo final é para que os acordos políticos caibam nos orçamentos públicos", disse, durante apresentação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro.
Guedes justificou o apelo afirmando que o Brasil está na cauda de uma pandemia e que seu ministério tem protocolos para pandemias futuras. "Em 2021, cabem medidas extraordinárias para uma cauda feroz da atual pandemia", disse.
Ele destacou que o funcionalismo público já fez sacrifício em 2020 com o congelamento de salários e que é importante uma interação frequente do Congresso com a Economia para que possa fazer a coisa certa.
Ainda segundo ele, os sinais são claros de que a economia estava se reativando mesmo sem o auxílio emergencial. "Os programas sociais precisam ser consistentes e ter sustentabilidade fiscal. Não podem ser programas que esfarinham por falta de recursos ou gerem inflação", alertou o ministro.
Guedes disse que tem espaço para atuar, mas desde que diretamente para problemas decorrentes da pandemia. "Não precisa ficar estritamente dentro do teto (de gastos) o que for relacionados com a covid-19."