O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 13, em almoço com empresários, que enviará à Câmara, em até duas semanas, a primeira etapa da reforma tributária, com proposta de criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que unificará o PIS e Cofins no plano federal. A informação consta em nota enviada à imprensa pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que promoveu o encontro, na sede da instituição.
Ainda segundo a nota, Guedes prometeu que, em seguida, o governo encaminhará aos parlamentares propostas para o Imposto de Renda e o Imposto Seletivo. A reforma tributária foi o tema que ocupou a maior parte do almoço, que contou com a presença do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e 20 executivos de algumas das principais empresas em atuação no País, como o presidente da GM para a região do Mercosul, Carlos Zarlenga; o presidente do Conselho de Administração da Suzano, David Feffer; e o presidente do Conselho de Administração da Riachuelo, Flávio Rocha.
"O peso excessivo hoje é na indústria, temos de encontrar o equilíbrio, que seja bom para o conjunto da economia. Temos de calibrar muito bem a alíquota do IVA, ela tem de dar conta da arrecadação, mas não pode inibir investimentos", disse Guedes aos empresários, de acordo com a Fiesp. "A ideia geral é simplificar. Não pode haver aumento de carga tributária. O que nós queremos é o oposto, é baixar os impostos. Este é um objetivo colocado pelo presidente Jair Bolsonaro", afirmou também.
No encontro, que durou duas horas, Guedes declarou, logo no início, que pretende "reindustrializar o Brasil". Ele listou as medidas que o governo tem tomando para isso, como "o choque de energia barata". Guedes deu destaque ao gás natural, que, segundo a nota da Fiesp, deve cair até 40% em relação ao início do governo Bolsonaro.
O ministro também mencionou "o choque de logística", com concessões de rodovias, ferrovias e o aumento de competição na navegação de cabotagem. Além disso, afirmou que os juros, em níveis mais baixos, resultam em mais investimentos. A taxa básica de juros, a Selic, está em 4,25%, mínima histórica.
De acordo com a Fiesp, os empresários elogiaram a condução da política econômica do governo e a atuação de Guedes à frente do Ministério. Questões pontuais relativas a cada um dos setores representados foram colocadas para o ministro, que, segundo a federação, demonstrou boa vontade em analisá-las. "É muito importante ouvir diretamente dos empresários os pontos que consideram relevantes para o debate", disse o ministro.
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