O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta quarta-feira , 12, a queda dos gastos com a dívida pública. Ao comentar que no primeiro ano do governo Bolsonaro a equipe trabalhou para atacar o "principal fonte" de despesa, que é a Previdência. Guedes lembrou que a segunda grande fonte de despesas são os "rentistas". "São R$ 400 bilhões em juros da dívida, inaceitável".
Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, cálculos do Ministério da Economia indicam que a redução da Selic gerou, apenas no ano passado, uma economia de R$ 68,9 bilhões no serviço da dívida. O montante é superior a todo o investimento feito pelo governo federal em 2019, de R$ 56,6 bilhões. Em quatro anos, até 2022, sem mudanças nas condições, essa economia seria de R$ 417,6 bilhões, sendo R$ 120 bilhões só neste ano.
"Gastamos R$ 70 bi a menos em juros em 2019, economia será de R$ 120 bi em 2020", disse Guedes, que participa de evento promovido pelo Grupo Voto.
O ministro da Economia ainda afirmou que os gastos com a dívida eram ignorados pelos governos anteriores, o que deixou a iniciativa privada "apanhando", enquanto o setor financeiro celebrava. "Coloca juros na lua e todo mundo te respeita na Faria Lima. Governos passados compraram respeito da Faria Lima com juros nas alturas", disse. "Sei porque estava do outro lado da cerca. Era muito bom. Setor privado apanhando e o setor financeiro sempre celebrando. ministro da Fazenda, Banco Central. Ministro feliz que vai em todos os jantares com banqueiros. Com apenas R$ 10 bilhões no Bolsa Família, PT ganhou 4 eleições seguidas", disse.
Segundo o ministro, depois de devolver R$ 126 bilhões no ano passado ao Tesouro, o BNDES vai devolver bastante dinheiro à União também neste ano. Guedes não citou quanto o banco de fomento pagará antecipadamente ao Tesouro em 2020.
Guedes mais uma vez citou a mudança de mix entre câmbio e juros no País. "É melhor termos juros a 4% e câmbio a R$ 4,00, do que câmbio a R$ 1,80 e juros de 14%, nas alturas", repetiu.