O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a pregar o consenso entre parlamentares governistas e da oposição no enfrentamento à crise. Sem citar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele negou qualquer embate com o Congresso. "Ninguém vai ser bem-sucedido se não perceber que a vida de brasileiros está acima de diferenças. Nunca me afastei ou ofendi qualquer membro do Congresso durante essa pandemia. Do meu lado, nunca ofendi ou cortei relações com ninguém", afirmou, em audiência pública da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas relacionadas ao novo coronavírus.
Guedes elogiou a atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e disse que "precisa pedir ajuda" quando medidas prejudiciais à economia caminham no parlamento. Após a aprovação pela Câmara de um socorro a Estados e municípios maior do que o considerado adequado pela equipe econômica, Guedes passou a negociar com Alcolumbre mudanças no texto pelo Senado.
Questionado pelas parlamentares sobre mudanças na Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) que beneficiariam os bancos, Guedes negou ter conhecimento de medidas nessa direção. "Não sabia de redução da CSLL, se isso for verdade é um absurdo. Vou sair daqui e perguntar para a Receita Federal", respondeu.