O ministro da Economia, Paulo Guedes, rebateu nesta quarta-feira, 7, as críticas de que o governo atual é responsável pelo processo de desindustrialização no Brasil. "Não desindustrializamos o Brasil. A indústria foi 23% do PIB há 20 anos e cai ano a ano. Chegou agora a 12% do PIB e foi ultrapassado pelo agronegócio por causa do imposto."
Em sequência, o ministro mencionou a Zona Franca de Manaus, que, em sua opinião, deveria ser a capital mundial do negócio sustentável. "E não dar um subsídio para criar um cinturão de pobreza na redondeza", disse, em referência ao subsídio de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Guedes também respondeu a críticas feitas diretamente a ele, como a de que tem ligação com o BTG Pactual. O ministro esclarece que fundou o banco Pactual há mais de 30 anos, mas que vendeu sua participação. "Não mereço o ódio. Não tenho nada a ver com o BTG. Agora, conheço as pessoas, que estão ajudando o Brasil, investindo no Brasil. Às vezes em desacordo comigo. Com o imposto sobre dividendos, vocês acham que eles estão felizes comigo?", afirmou.
Guedes participou nesta quarta-feira de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
<b>Preço dos alimentos</b>
O ministro da Economia afirmou que os preços de alimentos no Brasil hoje são um "desastre", em participação nesta quarta-feira de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Segundo Guedes, conceitualmente, quando os preços de alimentos sobem no mundo, como ocorre atualmente, o País fica mais rico, com as exportações, que depois levam ao aumento de produção e a posterior queda dos preços. Mas Guedes argumentou que a guerra política atual dificulta a queda do dólar, com impacto nos preços internos.
Guedes participou nesta quarta-feira de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.