Estadão

Guedes, sobre agenda de reformas: "Avançamos bem menos do que gostaríamos"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu à falta de sustentação parlamentar e à pandemia de covid-19 o avanço aquém do esperado pelo governo para a agenda de reformas e para o ambiente de negócios. "Avançamos bem menos do que gostaríamos", admitiu em entrevista ao <i>Opinião no Ar</i> da <i>Rede TV!</i>. "Há várias reformas nossas que empossaram no Congresso. A reforma tributária foi aprovada na Câmara e travada no Congresso no Senado. As privatizações…"

No fim do primeiro ano de governo, disse Guedes, não se tinha sustentação parlamentar. "Conseguimos apenas avançar a reforma tributária, uma boa reforma, bem importante, mas mesmo ela saiu bem aquém do potencial", afirmou, citando como exemplo o desejo da equipe econômica, na ocasião, de lançar um regime de poupança garantida e de capitalização.

Entretanto, ressalvou que o governo conseguiu avançar em acordos que estavam parados há anos como os do Mercosul e União Europeia. "Fizemos uma área livre de comércio com a Europa. Quando começamos a abrir a economia, veio a covid. Nos desviamos em direção ao combate", justificou.

Guedes reafirmou que o Brasil saiu mais rápido da crise sanitária do que outras economias desenvolvidas e também em relação à média dos emergentes. "Retomamos as reformas estruturantes", disse, citando o Banco Central independente. "Fizemos os gatilhos fiscais justamente para cuidar para que não haja mais desequilíbrios fiscais que nos levem a um passado a hiperinflação, juros altos demais, impostos excessivos", completou.

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