Estadão

Guedes: Vamos reindustrializar o Brasil, vamos zerar esse IPI

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar nesta quarta, 3, que o governo pretende zerar Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Ele também defendeu a reforma do Imposto de Renda que aguarda votação do Senado. As declarações foram feitas durante o evento Expert, da XP.

Segundo o ministro, o fim do IPI ajudará no processo de reindustrialização do Brasil. Na última semana, o governo federal oficializou redução de 35% do imposto obrado sobre produtos que não são fabricados na Zona Franca de Manaus. A medida foi antecipada pelo <b>Estadão/Broadcast</b> em 21 de julho. O texto ainda traz redução adicional do IPI incidente sobre automóveis, de 18% para 24,75%.

Guedes também declarou que a reforma do IR é importante porque os mais ricos não pagam impostos quando recebem dividendos. A proposta já foi aprovada pela Câmara e aguarda deliberação da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado antes de seguir para o plenário.

"Quem tiver renda de meio milhão vai pagar 15% de imposto, menos que seu funcionário paga. Você não tem que ter vergonha de ser rico, mas de não pagar imposto. Vamos taxar lucros e dividendos de apenas 60 mil pessoas no Pais", afirmou.

O ministro também voltou a afirmar que o governo tem rigor com as contas públicas, voltará a registrar um superávit fiscal em 2022 e que o crescimento econômico não será maior diante da alta de juros pelo Banco Central.

<b>Tarcísio</b>

Guedes foi bastante aplaudido em evento lotado da XP na tarde de hoje ao mencionar que São Paulo está prestes a ter um "excelente governador", se referindo ao ex-ministro de infraestrutura de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas.

Guedes pediu que as pessoas não acreditem "nas narrativas" e "olhem para os fatos". O ministro citou como exemplo que as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) eram pessimistas e acabaram sendo revisadas para cima por bancos para 2022.

"É o barulho político que está travando o Brasil", disse. "É a rolagem da desgraça", afirmou, falando que sempre se prevê um cenário ruim que não se confirma, seja no PIB, seja no fiscal.

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