São 2,7 milhões de paulistanos com algum tipo de deficiência. Para ajudá-los a ter acesso à cultura e ao lazer, foi lançado ontem a segunda edição do Guia de Acessibilidade Cultural da Cidade de São Paulo.
O guia lista 252 teatros, museus, cinemas, bibliotecas e outros equipamentos culturais que estão preparados para receber esse público. Houve aumento em relação à edição anterior, de 2012, quando eram 186 os estabelecimentos acessíveis.
A publicação é de responsabilidade do Instituto Mara Gabrilli (IMG) e tem versões impressa – com distribuição gratuita nos próprios espaços culturais e órgãos públicos – e online, no site www.acessibilidadecultural.com.br. “É um trabalho de inclusão”, diz a psicóloga e deputada federal Mara Gabrilli (PSDB), fundadora do IMG. “Acreditamos que as pessoas com deficiência não querem só saúde, educação, transporte e trabalho, mas também precisam de cultura e lazer.”
Um dos destaques do guia é o Teatro Sérgio Cardoso, no Bexiga, que tem acessibilidade tanto nos espaços físicos como na programação. “A inclusão começou a ser implementada a partir da reforma realizada em 2011”, recorda a coordenadora da unidade de fomento e difusão cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Maria Thereza Magalhães. “E hoje, não só temos a parte arquitetônica como também espaço para audiodescrição, proporcionando aos cegos o entendimento do que acontece no palco.”
Outro exemplo positivo é o Itaú Cultural, na Avenida Paulista. Entre os educadores da instituição, há um deficiente auditivo, Guilherme Ferreira. “É importante que haja um educador com deficiência, porque isso é acessibilidade”, afirma ele. “O público precisa conhecer pessoas com deficiência, para combater preconceitos.”