Aquelas 80 pessoas, lotação máxima do Planetário de Brasília, não era um número expressivo como as 80 mil que estavam diante do Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, na edição passada do festival. Ainda assim, o brasiliense Gustavo Bertoni, de 24 anos, sentia a ansiedade nas palmas das mãos.
Não teria, daquela vez, os outros integrantes da Scalene, banda com a qual ele tem vivido os mais intensos e loucos anos – e também toda a sua vida adulta. Nos últimos três anos, ele tem circulado pelo País, fez sucesso no reality show da TV Globo (o grupo disputou e ficou em segundo lugar no programa Superstar), lançou discos e EPs, colaborações e canções inéditas.
Ali, era ele e seu violão – e Samyr Aissami, amigo e músico que acompanha a Scalene e quem tocou percussão e no segundo registro solo de Gustavo. Tratava-se de uma espécie de pré-lançamento de Where Lights Pour In, o segundo álbum do vocalista da Scalene (a estreia foi The Pilgrim, de 2015, pouco antes da loucura boa tomar conta da carreira da banda de Brasília). Desta vez, Gustavo tratará o álbum como se deve, explica ele, com trabalho de divulgação, shows, singles e clipes. Daí vem o nervosismo.
Embora não pareça, já que o mesmo Gustavo encarou aquela multidão do Rock in Rio – e a Scalene foi a banda brasileira mais jovem escalada para aquele palcão, seguida por, veja bem, o Jota Quest e seus 25 anos de estrada, um a mais do que o próprio Gustavo -, aquela apresentação realizada no último sábado, 11, no Planetário cidade na qual nasceu, teve um gostinho de estreia para o músico.
“Não ficava tão nervoso assim desde o Rock in Rio”, admitiu Gustavo, ao microfone, antes de receber suspiros de “own” por parte dos presentes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.