O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou nesta quinta-feira, 29, que os "chamados referendos " no leste da Ucrânia foram realizados em áreas sob ocupação russa, e que não podem ser chamados de expressão genuína da vontade popular. Em um discurso, o líder disse que as ações não terão valor legal e precisam ser condenadas. "É uma escalada perigosa, que não deve ser aceita", pontuou.
"Qualquer decisão da Rússia de avançar comprometerá ainda mais as perspectivas de paz", afirmou Guterres, lembrando que o país compartilha a responsabilidade de prezar pela carta da ONU, especialmente como um dos cinco integrantes permanentes do conselho de segurança.
Em seu Twitter, o presidente da Ucrânia apreciou a "posição clara do secretário-geral" sobre a intenção criminosa da Rússia de anexar ilegalmente mais terras. "Tais ações não terão qualquer força legal, violam grosseiramente os propósitos e princípios da carta da ONU e não serão reconhecidas pelo mundo", afirmou.
Na mesma rede social, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, escreveu que o país rejeita os "resultados ilegítimos e fabricados dos falsos referendos ", dizendo que são uma violação do direito internacional. "Apoiamos a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", concluiu.