Política

Guti assume governo com R$ 1,5 bilhão em dívidas deixadas por Almeida

Após a cerimônia de posse, realizada na tarde deste domingo, no Paço Municipal, no Bom Clima, o novo prefeito de Guarulhos, Guti (PSB), atendeu a imprensa, quando respondeu perguntas sobre os primeiros momentos no cargo. Ele disse que não sabe os motivos que Sebastião Almeida (PT), ex-prefeito, não compareceu para fazer a transmissão do cargo. “Não sei porque ele não veio. Agora temos que pensar para frente e buscar o melhor para Guarulhos”, afirmou. Cerca de duas mil pessoas compareceram ao ato, que serviu também para dar posse aos secretários municipais. 
 
Guti revelou que, pelos números que sua equipe de transição apurou, ele dever pegar a Prefeitura com uma dívida próxima a R$ 1,5 bilhão, além dos R$ 2,8 bilhões que o Saae deve à Sabesp. “Precisamos agora rever todos os contratos e checar se são esses valores mesmo. Vamos renegociar valores e tentar baixar os valores pagos pela Prefeitura”, disse.
 
Ele também citou que recebeu informações do setor jurídico de que a Prefeitura de Guarulhos teria conseguido a liberação da Certidão Negativa de Débitos, documento necessário para poder receber verbas federais e estaduais. Há quase um ano, o município tinha sido incluído no cadastro de maus pagadores, o que o impedia de utilizar recursos públicos já destinados à cidade. "Espero poder contar com esses valores para, por exemplo, dar continuidade nas obras do Trevo de Bonsucesso, que tem menos de 60% das obras concluídas", disse. 
 
O novo prefeito confirmou que suspenderá o decreto do aumento de 18,4% nas tarifas de ônibus municipal concedido por Almeida no último dia 29. “Vamos realizar os estudos necessários, chamar as empresas e verificar o melhor valor que deve ser cobrado. Por mim, não haveria aumento algum. Mas não podemos ser irresponsáveis. Vamos chegar a um valor justo. Se tiver condições de deixar em R$ 3,80, pode ter certeza que iremos deixar”, comentou. 
 
O Diário Oficial do Município deve circular já nesta terça-feira com as exonerações dos mais de 1.900 cargos comissionados, que deveriam ter sido extintos por Almeida para cumprir uma determinação judicial. Desta forma, Guti terá que enviar um novo projeto para a Câmara Municipal votar já no início de fevereiro para recompor o quadro funcional da Prefeitura, com uma redução que deve ficar entre 30% e 40%.  
 

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