Em resposta a uma ação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o prefeito de Guarulhos, Guti, utilizou suas redes sociais para reafirmar sua defesa da autonomia legislativa e a importância da decisão tomada em 2010, quando votou pelo destombamento da Casa Saraceni. Na época vereador, Guti afirmou que seu voto foi motivado pelo compromisso com o progresso econômico e a geração de empregos para Guarulhos. O prefeito também enfatizou que não está inelegível, esclarecendo que o processo ainda está em andamento e permite recursos.
A ação do MP-SP, que busca a inelegibilidade de Guti e outros envolvidos, inclui o ex-prefeito Sebastião Almeida, servidores públicos, empresários e ex-vereadores que autorizaram o destombamento do Casarão Saraceni como patrimônio histórico. O imóvel, que se localizava no espaço onde hoje há um estacionamento abandonado ao lado do Internacional Shopping, gerou na época um debate entre preservação cultural e desenvolvimento urbano.
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (11), Guti reiterou que não há decisão definitiva sobre o caso, ressaltando que cabe recurso para reverter a tentativa de inelegibilidade. “Exerci meu direito de aprovar ou não projetos do Executivo com responsabilidade. Esse foi um momento importante, pois o tema envolvia diretamente o desenvolvimento da nossa cidade. Com a mesma convicção, reafirmo que tomaria a mesma decisão hoje”, disse.
O prefeito também defendeu a inviolabilidade do voto parlamentar, afirmando que os vereadores têm o direito de votar conforme suas convicções.
Guti classificou essa intervenção judicial como “muito perigosa”, argumentando que o Legislativo precisa de autonomia para realizar suas votações sem interferências externas. Ele lembrou, ainda, que a primeira instância do Judiciário já entendeu que a decisão foi a favor de Guarulhos.
“O parlamentar pode votar de acordo com as suas convicções. Em 2010, votei pelo destombamento de um imóvel aqui em Guarulhos, a favor do progresso e da geração de empregos e renda. E votaria assim de novo hoje se esse caso se repetisse.”