Segunda cidade com maior população do Estado de São Paulo, com mais 1.4 milhão de habitantes, segundo estimativas do IBGE, Guarulhos completa 462 anos de fundação nesta quinta-feira, 8/12. Realizando coberturas em tempo real do município nos últimos 23 anos dessa história, o GuarulhosWeb conversou com o prefeito Guti sobre as melhorias realizadas e expectativas para o futuro.
Você herdou uma dívida de R$ 7 bilhões. Como estão os cofres públicos após seis anos de mandato?
A dívida que superava a casa dos R$ 7 bilhões em 2017 hoje é menor que R$ 2 bilhões, a partir de ações que passam pela reorganização das contas públicas, com uma série de ações que incluíram o enxugamento da máquina pública, com menos Secretarias e de funcionários em cargos de comissão. Vale destacar que Guarulhos está sem reajustar o IPTU nestes 6 anos e deve chegar a 2024 sem qualquer aumento neste imposto. Mesmo assim, a atual gestão se destaca pelo saneamento das contas públicas.
Você extinguiu o SAAE e passou para a Sabesp a concessão dos serviços em Guarulhos. Considera-se satisfeito pela medida?
Não tenho dúvida que foi o melhor a ser feito. Além da redução da dívida do município, mais de 90% dos moradores de Guarulhos sofriam com um sistema de revezamento no abastecimento, que consistia em períodos de 12 a 24 horas com água e de um a três dias sem água. Isso foi possível graças à parceria com a Sabesp, que assumiu a gestão do saneamento básico na cidade em 2019. Na área de tratamento de esgotos, Guarulhos tinha em 2017 pouco mais de 2% do esgoto tratado. Hoje está próximo de 40% e deve chegar ao final de 2024 com cerca de 70%. Guarulhos, conhecida como ser a cidade que mais poluía o rio Tietê, deverá ser em poucos anos uma das responsáveis pela despoluição do rio.
Como está o processo de canalização do Baquirivu?
O projeto Viva Baquirivu deve reduzir em aproximadamente 70% os problemas com enchentes na cidade. Além da canalização do rio Baquirivu, que teve seu curso desviado por conta da construção do Aeroporto Internacional de São Paulo, estão previstas a construção de piscinões, obras viárias em seu entorno e um grande parque linear e projetos habitacionais para a realocação das pessoas que vivem às margens do rio. As obras devem custar cerca de US$ 96 milhões obtidos pela Prefeitura por meio de um financiamento do CAF. (Banco Andino de Fomento).
Recentemente você afirmou em entrevista que o Tarcísio Freitas garantiu o início das obras do Trevo de Bonsucesso ainda neste ano. Quais mudanças ainda precisam ser realizadas no local?
O Trevo de Bonsucesso teve as obras que cabem à Prefeitura quase finalizadas, depois de alguns anos paralisadas. Mesmo assim, o complexo viário não cumpre sua função, já que depende da construção das marginas da rodovia Presidente Dutra, entre o posto Sakamoto e o Trevo. A nova concessão da rodovia prevê que essas obras tenham início ainda este ano para serem concluídas até o final de 2023, resolvendo um grande gargalo viário para todos os moradores das regiões do Pimentas e Bonsucesso, além de motoristas que trafegam pela rodovia na ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro.