A Prefeitura de Guarulhos conseguiu economizar cerca de R$ 230 milhões com a redução à metade no número de cargos comissionados, desde o início do mandato do prefeito Guti. Até 2016, durante o último ano de gestão do PT, a cidade contava com 1.941 comissionados. Em 2013, também no governo do PT, este número chegou a 2.258. Hoje são pouco mais de mil.
Durante entrevista ao GuarulhosWeb, em seu gabinete, o prefeito Guti destacou algumas ações de redução de custos, que contribuíram para melhorar a gestão e aumentar a eficiência administrativa nestes mais de três anos à frente do Governo Municipal. Além da redução dos cargos comissionados, que era compromisso de campanha do atual mandatário, houve economia significativa na locação de prédios para abrigar secretarias e diretorias da Prefeitura.
Guti lembrou que entre 2017 e 2019 a Prefeitura de Guarulhos economizou R$ 7.747.722,21 com locação de imóveis, sem contar a reestruturação de secretarias e coordenadorias. “Isso foi possível com a readequação de algumas secretarias em espaços menores ou junto a outras pastas. Devolvemos dezenas de imóveis alugados e garantimos menos gastos aos cofres municipais”, disse.
O prefeito explicou que aumentar a eficiência da máquina administrativa era fundamental para fazer valer seu plano de governo, aumentando a prestação de serviços à população e reconstruir a cidade, sem aumentar impostos e reduzir dívida do município a menos da metade. Ele lembrou que, ao assumir o cargo em janeiro de 2017, encontrou um município devastado. Tínhamos R$ 7,4 bilhões de dívidas diante de um orçamento de R$ 3,8 bilhões naquele ano. Guarulhos tinha o nome sujo, já que não tinha a CND (Certidão Negativa de Débitos). Era necessário promover uma verdadeira reengenharia no governo”, afirmou.
“Saímos de uma dívida de R$ 7,4 bilhões para menos de R$ 3 bilhões”. Para isso, uma outra ação fundamental foi transferir a concessão dos serviços prestados pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para a Sabesp. “Não fazia sentido a gente ter uma empresa na cidade, sem capacidade de investimentos devido ao alto grau de endividamento que herdamos, penalizando a população, já que 90% dos munícipes sofriam com o rodízio de água”. O prefeito se refere à dívida de R$ 3,2 bilhões da autarquia com a empresa estadual, devido ao não pagamento da água comprada da Sabesp.
Guti lembrou que o Saae comprava a água distribuída à população da Sabesp, mas não pagava suas contas, o que gerou uma dívida de R$ 3,2 bilhões. “Isso praticamente inviabilizou o Saae, que era uma empresa endividada sem qualquer capacidade de investimento para melhorar o abastecimento de água à população e tratar o esgoto”, explicou. Um ano após a Sabesp assumir os serviços de abastecimento de água, o rodízio de água, que atingia 90% da população chegou ao fim. “Hoje toda a cidade de Guarulhos recebe água todos os dias”, disse.