Em discurso realizado no início da tarde desta terça-feira, durante a inauguração da Cemeg Jardim Cumbica Pimentas, o prefeito Guti (PSB) voltou a afirmar que não gostaria de ser obrigado a conceder um reajuste menor que a inflação aos serviores públicos municipais. No entanto, explicou que esta decisão – difícil de tomar – se deu por questão de responsabilidade.
O prefeito lembrou que sempre viveu entre servidores públicos, já que o pai se aposentou como policial federal após mais de 30 anos de serviços prestados, a mãe – já falecida – era professora da rede pública e sua namorada também faz parte do funcionalismo, como concursada na Câmara Municipal.
"Não é uma decisão fácil não conseguir dar o reajuste que vocês merecem. Não é fácil. Ainda maiseu que sempre batalhei pelo servidor", lembrou já que – enquanto foi vereador – foi um dos maiores defensores da categoria e obteve grande apoio do funcionalismo em sua eleição para prefeito. "É o servidor que faz a política pública acontecer", completou.
No entanto, o prefeito lembrou da situação caótica que herdou a administração do prefeito anterior (Sebastião Almeida, que era do PT). "Quando você senta na cadeira de prefeito e vê o tamanho do buraco financeiro percebe as dificuldades. Mesmo assim, só neste ano conseguimos saldar um passivo de R$ 50 milhões com o próprio funcionalismo".
Guti destacou que não é hora de querer fazer populismo. "O que adianta eu dar o reajuste que vocês merecem e chegar o setembro e não conseguir pagar o salário. Não vou ser um prefeito irresponsável", afirmou. Em seguida, lembrou que são necessários sacrifícios. "Para avançar, é preciso cortar na própria carne. E isso doi. As pessoas ficam chateadas e com razão" . Ele ratificou que "iInfelizmente neste momento não é possível consegue chegar numa proposta melhor". E completou: " Garanto que vou trabalhar muito para melhorar a situação de todos os servidores e da população".
Prefeito, secretários municipais, diretores e comissionados não terão direito a qualquer reajuste de salário, segundo a proposta da administração aos servidores.
O prefeito ainda lembrou que, além dos problemas financeiros que atingem o município, há também a crise nacional. "Não sabemos se acordaremos com presidente ou não. Conversei com vários prefeitos. Esta todo mundo com medo. Com esta instabilidade, os repasses federais podem parar, principalmente na área da saúde", finalizou.