O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ao poder há um ano com promessas de que mudaria as políticas ameaçadoras e pesadas para a América Latina que seu antecessor, Donald Trump, havia promovido. A proposta de Biden era colaborar e dialogar mais com a região. No entanto, assim que assumiu o cargo, ele se deparou com uma pandemia que atingiu severamente a economia e teve que voltar as atenções para emergências domésticas.
"A América Latina nunca seria uma prioridade para o governo Biden, simplesmente haveria uma forma diferente de se relacionar com a região. Essa foi a promessa", disse o vice-presidente do Conselho das Américas, Eric Farnsworth. "Depois de um ano, temos expectativas não cumpridas para a região e uma oportunidade real de relançar uma abordagem eficaz."
<b>Democracia</b>
Essa abordagem, segundo Biden, se concentra em alcançar o bem-estar e fortalecer a democracia nas Américas. Como exemplo, ele aponta a doação de mais de 60 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, quase 17 milhões delas para a América Central.
Biden denunciou a deterioração da democracia na Nicarágua, onde criticou repetidamente a prisão de opositores do governo do presidente Daniel Ortega.
Em relação a Cuba, Washington disse que a resposta do governo cubano aos protestos ocorridos na ilha em 11 de julho demonstra uma grave falta de democracia no país. Como resultado, Biden manteve as sanções que Trump impôs.
<b>Imigração</b>
O governo norte-americano disse que, em vez de fechar as fronteiras, procura atacar as raízes do problema da imigração, as causas econômicas e da pobreza, a corrupção e a falta de incentivos para que a população permaneça em seus países.
Assim, prometeu US$ 4 bilhões de dólares em ajuda à América Central, embora o Congresso ainda não tenha aprovado esse dinheiro.