A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que "progresso já pode ser visto em muitas áreas", na tarefa da instituição de levar a inflação de volta à meta em 2%. Em artigo publicado nesta sexta-feira, 7, em jornais europeus, ela argumenta que o BCE teve de apertar a política monetária, para conter o quadro diante de choques como a pandemia e a invasão russa à Ucrânia, para evitar que a inflação ficasse arraigada na economia.
A desaceleração permitiu que o BCE parasse de subir os juros e, conforme o quadro melhora, foi possível o corte de ontem, comentou. "A inflação ainda não foi erradicada da economia, e haverá solavancos adiante", afirmou.
Ela disse que coragem, tenacidade e vigilância serão necessários, nesse contexto.
Lagarde ainda adiantou que as futuras decisões de juros dependerão de se a inflação se aproxima da meta rápido o suficiente, se as pressões gerais sobre os preços desaceleram e se a política monetária é ainda efetiva para conter a inflação. Apesar do progresso, "a luta contra a inflação não está encerrada", enfatizou. "Temos feito tudo que podemos para garantir que a inflação na zona do euro siga estável e baixa. Isso beneficia a todos", afirmou.