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Há 17 anos, Ayrton Senna comemorava sua última vitória na Fórmula 1

O feito ocorreu no Grande Prêmio de Adelaide, na Austrália, no dia 7 de novembro de 1993

Na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino de 1994, em Ímola, o coração de muitos brasileiros e amantes da Fórmula 1 parou por alguns instantes. A data era 1° de maio, feriado do “Dia do Trabalhador”. E o sonho, o ídolo, o mito deixava ali toda sua habilidade ao volante, sua simpatia e um legado que o faz ser considerado o maior piloto de todos os tempos, mesmo tendo conquistado menos títulos que o argentino Juan Manuel Fangio, o ganhador de cinco títulos – contra três do brasileiro.

Mas neste dia 7 de novembro, completam 17 anos da última vitória de Ayrton Senna na F1, ocorrida no Grande Prêmio de Adelaide, na Austrália. O piloto da Mclaren conclui as 79 voltas à frente do seu grande rival, o francês Alain Prost, da Willians.

Ao final da temporada de 1993, Prost conquistou seu quarto título, enquanto Senna amargaria o vice-campeonato em uma Mclaren já desmotivada pela enorme superiodade técnico do carro da Willians.

Naquele 7 de novembro de 1993, a bandeirada final significou a 41ª vitória em 162 GPs disputados. Senna conseguiu o feito de conquistar a pole position em 65 oportunidades, nos 162 GPs disputados.

Aquecendo os motores

Em 1984, o jovem e ainda desconhecido piloto Ayrton Senna empunhou seu primeiro volante na Fórmula 1, uma Toleman. Mas a simplicidade do carro não impediu o brasileiro de pontuar logo em sua segunda corrida, na África do Sul.

E foi justamente nesta temporada que Senna mostrou ao mundo sua maior habilidade, as brilhantes corridas na chuva. No GP de Mônaco, Senna largou na 13ª colocação, progrediu bravamente e sem medo nas encharcadas ruas de Monte Carlo e encostou no líder Alain Prost. Porém, o safety car entrou na pista e Senna chegou até a ultrapassar o líder, mas a organização determinou que a prova mantivesse a colocação quando o safety car entrou na pista.

A primeira vitória viria no ano seguinte, na Lotus. Coincidentemente, veio completa, com pole position e muita chuva no autódromo de Estoril.

Três títulos e brigas

Após três temporadas, Senna migrou para a Mclaren, onde fez dupla com Prost. Mas a disputa intensa dos pilotos pelo título fez com que 15 dos 16 Grandes Prêmios fossem vencidos pelos dois. Mas também uma série de acidentes entre os dois expôs a desgastada relação de ambos.

Ao final da temporada de 1988, Senna conquistou seu primeiro título na Fórmula 1. O troco veio em 1989, quando Prost venceu a temporada, mas se envolveu em um polêmico acidente que tirou as chances de Senna de disputar o título, em Suzuka, no Japão.

O mundo deu voltas e, em 1990, a mesma cena se repetiu no Japão, com acidente envolvendo ambos, porém, desta vez, quem levou o título foi Senna, o segundo de sua carreira. Com a manutenção do rendimento, Senna levantou a taça pela terceira vez em 1991, mais uma vez pela Mclaren.

O mito nos cinemas dia 12

No próximo dia 12, estreia nas telonas do cinema o documentário “Senna”. O longa narra a história não só do mito nas pistas, mas do homem comum, da adolescência e sua paixão precoce pela velocidade.

Sob a direção do inglês Asif Kapadia, o filme traz o francês Alain Prost no papel de maior rival e vilão da história.

Entre as imagens, já divulgadas à imprensa em sessão especial, conta também a trajetória de Senna na Fórmula 1, os três títulos conquistados e a análise, lembranças e opinião de jornalistas, parentes, dirigentes da F1 e também de pilotos que viveram a emoção e a intensidade de pilotar ao lado do brasileiro.

Triste fim na Willians

A mudança em 1994 para a Willians culminou com o fim de uma das maiores rivalidades da história da F1, com a saída de Alain Prost e a entrada de Senna na escuderia.

Mas o desempenho não foi dos melhores. No GP do Brasil, apesar de ter conquistado a pole, Senna abandonou a prova após um erro de manobra. No Japão, se envolveu em um acidente e deixou a corrida.

E, na terceira corrida, o piloto passou reto na curva Tamburello, batendo fortemente contra o muro a 200 km/h. No acidente, Senna teve o capacete perfurado pela barra da suspensão dianteira do próprio carro. O piloto foi atendido ainda na pista, levado de helicóptero para o hospital de Bologna, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em seu carro, foi encontrada uma bandeira da Áustria. Senna pretendia homenagear o piloto Roland Ratzenberger, que faleceu também em um acidentes, nos treinos para o Grande Prêmio.

 

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