Há 42 dias sem registrar chuvas significativas, a cidade de São Paulo deverá entrar em estado de atenção nesta quarta-feira, 26, por causa do tempo seco. Segundo previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão vinculado à Prefeitura, o índice de umidade relativa do ar poderá chegar a 25%. Abaixo de 30%, o município decreta atenção. Se cair a menos de 20%, a cidade entra em estado de alerta. Abaixo de 12%, é emergência.
Nesta terça-feira, 25, a média registrada nas estações meteorológicas do centro de gerenciamento foi de 32%, mas no Butantã, na zona oeste, o índice caiu a 29% por um curto período de tempo. O estado de emergência só é decretado se o índice fica abaixo dos 30% em várias estações de medição. Segundo o órgão, a presença de uma massa de ar seco tem impedido a ocorrência de chuvas na capital paulista.
Neste mês, a cidade registrou só 0,3 milímetros de precipitações, enquanto a média de chuva para julho é de 46,6 milímetros. Os próximos dias devem continuar secos com temperatura alta durante o dia e baixa à noite. Não há previsão de chuva significativa para julho. Hoje, os termômetros devem variar entre 11ºC e 26ºC, diz o CGE.
Efeitos
A condição de bloqueio atmosférico e a falta de chuva aumentam a concentração de poluentes no ar, o que é prejudicial à saúde das pessoas, além de facilitar a propagação das queimadas.
Os paulistanos que já sofrem de doenças respiratórias crônicas ou alergias, como bronquite, asma e rinite, devem ficar mais atentos – o ar seco resseca as mucosas e pode agravar esses problemas. Irritação nos olhos e na garganta e ressecamento da pele também são sintomas bastante comuns nessa época do ano.
Para evitar incômodo e o agravamento de doenças respiratórias, é recomendável ingerir bastante líquido, a utilização de bacias com água ou vaporizadores nos cômodos da casa e colocar soro fisiológico nos olhos e nas narinas.
Banhos muito quentes devem ser evitados para que a pele não fique ainda mais ressecada. Exercícios físicos devem ser feitos com moderação nos períodos mais quentes do dia, entre 10 horas e 16 horas. Os médicos também recomendam que o cigarro seja deixado de lado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.