Há exatos 46 anos, no dia 27 de julho de 1976, o paulista de Pindamonhangaba, porém morador de uma casa nas proximidades do recém-inaugurado ginásio da Ponte Grande, na rua Domingos Fanganiello, João do Pulo, recebia a medalha de bronze no salto triplo dos Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá, com um salto de 17,29 metros. Naquele bairro ele viveu as duas últimas décadas de sua vida como sargento aposentado do Exército.
Um ano antes, o brasileiro havia estabelecido o recorde mundial com 60 centímetros a mais. A medalha só não foi superada quatro anos mais tarde em Moscou devido a uma fraude, comprovada 20 anos depois pelo jornal australiano Sydney Morning Herald, mostrando que os saltos de João do Pulo foram anulados pela arbitragem em um complô para favorecer o soviético Viktor Saneyev. O morador de Guarulhos ficou mais uma vez com o bronze. No entanto, a essa altura, já havia conquistado o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico, ouro na Copa do Mundo de Roma e ouro na Copa do Mundo de Dusseldorf (Alemanha).
Deputado estadual pelo PFL, entre 1987/91, foi eleito à Constituinte com 24.815 votos, obtidos na sua maioria em sua cidade, e reeleito para o período de 1991 a 1995. A carreira no esporte foi encerrada em 1981, aos 27 anos. João do Pulo foi vítima de um acidente e teve uma das pernas amputadas. Ele faleceu no dia 29 de maio de 1999 aos 54 anos.
Ainda em vida, João do Pulo foi homenageado com o nome de um ginásio, no bairro do Bela Vista, em Guarulhos. O João do Pulo recebe competições de diversas modalidades até hoje.