O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a intercessão que o governo brasileiro vem fazendo em relação a Argentina, como as conversas que ele manteve durante a reunião do G-7 Financeiro, no Japão, e com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "A Argentina é parceiro importante para o Brasil, responsável por boa parte da compra de manufaturas. Mais de 200 empresas brasileiras exportam para o País. Zelar pela saúde financeira de um vizinho, pensando no interesse nacional, nos empregos que serão perdidos aqui, se houver colapso por lá, é importante. Não é favor a ninguém", disse ele.
Também argumentou que a Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul, e que o acordo com a União Europeia também passa por eles. "Nós somos muito grandes para não pensar em relações comerciais com países da América Latina, da África, o acordo com a União Europeia", disse a deputados, cobrando visão geopolítica.
Haddad disse que como o País exporta, também, serviços, mantém linhas de financiamento para empresas que atuam no exterior.
Ele afirmou que, no caso brasileiro, os empréstimos não são feitos a países, mas a essas empresas. Se elas não são pagas, o Itamaraty cobra dos devedores. "É o que o Itamaraty está fazendo nesse momento em relação a todos os débitos relacionados", comentou.
Ele também citou como exemplo a China, que tem dezenas de bilhões de dólares investidos na África e não está recebendo. "Você vai dizer que a China errou em investir? Tem que ter mais clareza de geopolítica e avançar sobre isso", disse.