Indagado durante entrevista coletiva na sede da pasta em São Paulo sobre a possibilidade de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrar o ano abaixo do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,75%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 20, ficar "muito confortável" com a perspectiva. Na quinta-feira, 19, a Petrobras anunciou uma redução de 4% nos preços da gasolina que, para o mercado, sugere probabilidade grande de cumprimento da meta em 2023.
"Eu fico confortável de saber que a inflação vai ser menor, quem sabe dentro da banda ou próximo disso. Mas nós temos de fazer a melhor trajetória possível, compor o balanço mais adequado para a política brasileira", disse Haddad.
O ministro acrescentou considerar que a evolução dos dados mostra que a maioria dos diretores do BC que decidiu por um corte inicial de 50 pontos-base da taxa Selic estava correta.
"Aquelas pessoas que à época criticaram o Banco Central pelo corte de 0,5 ponto hoje têm de rever a sua posição, porque, de fato, o 0,5 ali foi o último momento que tínhamos para começar", afirmou Haddad.