O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 29, que ainda não foi procurado nem pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nem pelo setor produtivo e nem pelos municípios para debater o projeto que amplia a desoneração da folha de pagamentos. "Não fui procurado, nem pelos setores. Não fui procurado", afirmou, ao deixar o edifício da Pasta. "Nós estamos completamente abertos a sentar com os municípios para conversar", acrescentou.
A proposta de prorrogação da desoneração de 17 setores está na Câmara, que deve votar a urgência do projeto ainda nesta terça-feira.
No Senado, foi incluído um trecho que dá desconto para a contribuição previdenciária de municípios menores.
A medida tem um potencial de impacto que varia de R$ 7,2 bilhões a R$ 11 bilhões na Previdência, de acordo com cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) obtidos pelo <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Haddad lembrou que houve uma queda forte na arrecadação em julho, afetando também as prefeituras. "Não podemos nos deixar impactar por um mês. Vamos aguardar a apuração de agosto, que parece que reagiu. Eu mesmo trouxe a público que julho preocupou muito a área econômica", acrescentou.