O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se reuniram nesta terça-feira, 29, com os sindicatos que representam os servidores do BC para tratar das demandas da categoria, que está em operação-padrão desde o início de julho, com paralisações parciais diárias.
A reunião foi incluída na agenda das autoridades de última hora e a participação de Campos Neto foi virtual, mas os demais participantes estavam na sede da Fazenda, em Brasília.
O encontro com Haddad já era um pedido antigo dos sindicatos do BC diante da falta de andamento das pautas dos servidores do órgão no Ministério da Gestão.
O objetivo foi solicitar apoio às pautas, que tratam da reestruturação da carreira na autarquia e da criação de um bônus de produtividade, nos moldes do que será criado para os servidores da Receita Federal.
Segundo relatos de fontes, o ministro foi receptivo às demandas, mas reforçou que o foro para esta discussão é a mesa de negociação da Gestão, em uma reunião curta.
O movimento dos funcionários do BC voltou a recrudescer após o governo publicar um decreto iniciando a regulamentação do bônus do Fisco. No ano passado, o corpo técnico do BC ficou de braços cruzados, em greve, por três meses. Agora, apesar de não estarem totalmente parados, a mobilização cresce com a defesa da pauta por diretores e chefes de departamento do BC.
Pela Fazenda, ainda participou da reunião o secretário-executivo, Dario Durigan. Os diretores do BC Gabriel Galípolo e Carolina Barros também estavam presentes.
Os sindicatos participantes foram o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil (Sinal), a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen).