O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a PEC da Transição, ao prever o fim da regra do teto de gastos, permitiu a recuperação de 100% dos recursos para saúde e educação "surrupiados" pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"A PEC da Transição, que alguns chamavam de PEC da gastança, visava que, quando caísse o teto de gastos por lei ordinária, automaticamente, para o ano seguinte, a educação e saúde recuperaria 100% do dinheiro para essas áreas surrupiado pelo governo Bolsonaro", declarou Haddad, em discurso na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo.
Antes de pontuar que o novo marco fiscal restabelece os pisos constitucionais de gastos nas áreas, Haddad aproveitou para fazer um aceno ao Congresso.
Referindo-se novamente à gestão anterior, o ministro lembrou que, "mesmo em governos desastrosos", o Parlamento resistiu para preservar investimentos em educação.
Apesar disso, placas levantadas por estudantes que lotaram o auditório na universidade diziam "não" ao novo arcabouço fiscal.
Nada, contudo, impediu que Haddad fosse, atrás apenas do presidente Lula, a presença mais ovacionada na passagem pela universidade.