Estadão

Haddad promete criar bilhete único metropolitano e voltar vale idoso para 60 anos

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) prometeu, se eleito, criar um bilhete único metropolitano, válido entre cidades adjacentes e a capital paulista, e voltar para 60 anos a idade mínima do vale idoso, que garante a gratuidade no acesso dessa população ao transporte público no Estado. Durante o governo de João Dória (PSDB), o mínimo para ter direito ao passe passou a ser 65 anos.

"O vale idoso, eu e o governador (Geraldo) Alckmin tínhamos passado de 65 para 60 e o governo atual mudou de volta para 65. Vamos voltar para 60, para que a pessoa tenha facilidade maior na hora de se deslocar", afirma Haddad, durante um ato de campanha em Cotia, cidade na região metropolitana da capital paulista, nesta quarta-feira, 31.

Já o bilhete único metropolitano será implementado aos poucos, começando pelas cidades que mais fazem viagens para a capital. "Conheço trabalhadores e trabalhadoras que chegam a gastar R$30 por dia pra ir da sua cidade para a metrópole, de tanta baldeação. A pessoa vai pagar uma passagem como é na capital", diz o candidato.

Fernando Haddad também voltou a falar da implementação de trens intercidades. O primeiro trecho será de São Paulo a Campinas, em função do aeroporto de Viracopos. Em seguida, ele planeja expandir para São José dos Campos, Baixada Santista e Sorocaba. "Com isso, a gente começa a retomar o velho Estado de São Paulo, onde as pessoas se deslocavam de trem", enfatiza.

Ele e o vice na chapa do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), presente no evento, mencionaram uma dependência de "colaboração federal" para colocar em prática o projeto. "Viabilizando a faixa paralela ao trem de carga, você viabiliza o trem de média velocidade, inclusive, se quiser parceria com o setor privado. É um belíssimo projeto de mobilidade", avalia Alckmin.

Em seu discurso, Haddad, que já foi ministro da Educação durante o governo Lula e prefeito de São Paulo, criticou ações do governo tucano, como o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da carne e congelamento do salário mínimo. O candidato a senador por São Paulo Márcio França (PSB), ex-governador do Estado, também estava presente no ato.

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