O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) ao arcabouço fiscal e declarou à <i>Folha de S.Paulo</i> que o plano proposto não tem a intenção de agradar "100% das pessoas".
Em entrevista ao mesmo jornal nesta semana, Lindbergh disse que, com o arcabouço, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um "pacto com o demônio", como se referiu ao Banco Central, e que mesmo assim não consegue em troca a redução de juros.
"Sinceramente não fiz pacto com ninguém. Não fiz pacto nem com A nem com B. O que eu fiz foi fechar uma equipe técnica de altíssima qualidade, definir um desenho, levar esse desenho para pessoas tão diferentes quanto Esther Dweck <i>ministra da Gestão</i> e Simone Tebet <i>ministra do Planejamento</i>, que pensam muito diferente, e falar com Ministério do Desenvolvimento <i>de Geraldo Alckmin</i>, Casa Civil <i>de Rui Costa</i>, presidente da República", disse Haddad, acrescentando ter ouvido vozes da ortodoxia e da heterodoxia econômica, além de ter recebido o aval de Lula. "Agora, ninguém tem a pretensão de com uma medida agradar a 100% das pessoas", emendou.
Sobre as críticas de outros petistas além de Lindbergh, Haddad contemporizou que críticas e elogios ocorrerão em qualquer agremiação.
"Agora quem fala pelo Partido dos Trabalhadores é a sua Executiva, com todo respeito a vozes internas. Nada obsta a um deputado em exercício de seu mandato apresentar o seu projeto", sugeriu.