O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 25,bque a aclamação de um documento sobre tributação internacional, paralelo ao comunicado do G20 é uma "conquista ética" que não pode ser desmerecida.
A jornalistas, Haddad demonstrou insatisfação primeiro com o ceticismo quanto à capacidade da diplomacia brasileira de amarrar um documento sobre o assunto acordado por todos os países e, agora que o texto foi aprovado, o fato de ser diminuído.
"É uma conquista de natureza moral. Buscar justiça tributária, evitar evasão fiscal, reconhecer que há práticas inaceitáveis em um mundo com tantas desigualdades e desafios. É preciso reconhecer que esse tema é importante. Não pensem que isso é pouco", disse Haddad.
"Todas as pessoas que me consultaram diziam que não iria sair a declaração. E aí, quando sai, é pouco o que saiu. A construção de um mundo melhor é trabalhoso. Se não fosse, já teríamos um mundo mais agradável que o atual. O Brasil não se furtou a ousar na presidência do G20. E, contra todo o ceticismo do início do ano, temos um primeiro passo com a concordância dos países do G20", continuou.
Haddad disse que o problema não é o tempo que o mundo vai demorar a tomar uma decisão consequente na área, mas sim o "caminho escolhido pela humanidade".