Um dos desafios da reforma tributária é justamente melhorar a vida do industrial brasileiro, afirmou há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro também pediu celeridade ao Congresso para aprovação da regulamentação da matéria até o fim do ano.
"Produzir mais, produzir mais barato e melhor, e exportar muito, desonerando investimentos e desonerando exportações, fazendo com que os produtos industriais tenham uma alíquota de imposto de valor agregado menor", declarou o ministro.
Haddad frisou que é importante que a indústria esteja atenta à regulamentação da reforma, para que ela não seja desvirtuada. O ministro também destacou a importância do marco de garantias, ao dizer que eles devem fazer o spread dos bancos cair e as vendas da indústria subirem.
"As notícias são boas no primeiro trimestre, ainda melhores na primeira semana de abril. Temos tudo para crescer forte na indústria automobilística, com a vantagem que agora se adequa às tecnologias sustentáveis."
<b>Lula: Não conheci ministro da Fazenda com tanta disposição para conversar com Congresso como Haddad</b>
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é uma das pessoas que faz a diferença no governo.
"Nunca conheci um ministro da Fazenda com tanta disposição para conversar com o Senado e com a Câmara como o Haddad", disse. "Se não conversar e não tiver paciência para enfrentar a diferença, não conseguimos governar o País."
Lula exaltou a aprovação da reforma tributária e a comparou a "um verdadeiro milagre", em País democrático em que o partido do presidente não tem maioria no Congresso.
O presidente e o ministro participam da cerimônia de inauguração da nova sede em São Paulo da Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos.
Lula também elogiou o vice-presidente Geraldo Alckmin, ao dizer que ele foi o primeiro acerto na campanha presidencial. "É um companheiro agregador e que está com a cabeça 100% para discutir com empresários."
O presidente relembrou a época em que era oponente de Alckmin e afirmou ter saudades de quando a política ficava na disputa entre PT e PSDB. "Como era civilizado e não sabíamos", disse Lula, que declarou que agora o País está descobrindo como era bom ser civilizado e conversar com os diferentes.