As eleições presidenciais no Haiti transcorreram com relativa tranquilidade neste domingo. Os haitianos votaram para eleger um novo presidente depois de quase um ano de governo provisório. As urnas foram fechadas no final da tarde (horário local), e os trabalhadores eleitorais começaram um processo demorado de contagem de cédulas de papel na frente de monitores dos partidos políticos. Não são esperados resultados oficiais nos próximos oito dias, e o diretor executivo do Conselho Eleitoral do país, Uder Antoine, disse que a divulgação pode demorar ainda mais do que isso.
O comparecimento dos eleitores foi baixo em grande parte do sudoeste do Haiti, devastado pelo furacão Matthew no mês passado e atingido por chuvas neste domingo. Contudo, na capital Porto Príncipe e em outras áreas, os eleitores formaram filas e pacientemente esperaram para votar, mesmo com os atrasos na abertura de alguns centros de votação.
A polícia relatou alguns incidentes isolados de intimidação e interrupções, incluindo uma tentativa de incendiar um centro de votação na cidade de Port Margot, no norte do Haiti. Em todo o país, ocorreram 18 prisões até o início da tarde. Leopold Berlanger, presidente do conselho eleitoral haitiano, disse a repórteres que as autoridades estavam satisfeitas com a forma como o dia progrediu, embora a votação não tenha sido possível em dois distritos isolados. Ele disse que as autoridades vão examinar as queixas de pessoas que não conseguiram encontrar seus nomes nas listas de eleitores.
Os cerca de 6 milhões de eleitores registrados no país escolheram entre 27 candidatos presidenciais. Os dois primeiros devem disputar o segundo turno em 29 de janeiro, a menos que um candidato conquiste mais de 50% dos votos. A votação também completará o Parlamento. Os eleitores escolheram ainda um terço do Senado e 25 membros da Câmara dos Deputados. Fonte: Associated Press.