Estadão

Hamas acusa Israel de matar ao menos 70 em ataque a Khan Younis

Pelo menos 70 pessoas morreram devido a bombardeios israelenses nesta segunda-feira, 22, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde, governado pelo Hamas. Segundo o grupo terrorista palestino, os ataques ocorreram enquanto centenas de pessoas estavam deixando a região após uma nova ordem do Exército israelense.

O Exército israelense não confirmou o número de mortes divulgado pelo Hamas, mas em um comunicado afirmou que seus soldados e seus tanques "atingiram e eliminaram terroristas na área". As forças israelenses alcançaram mais de "30 infraestruturas terroristas" em Khan Younis, detalharam os militares.

Os aviões israelenses atingiram também um depósito de armas, postos de observação, túneis e estruturas utilizadas por combatentes do Hamas, acrescentaram.

"Vamos viver na rua. Não aguentamos mais esses deslocamentos", lamentou Yusef Abu Taimah, moradora do leste de Khan Younis, que deixou a cidade juntamente com a família, em seu quarto deslocamento por conta da guerra.

No front diplomático, o premiê Binyamin Netanyahu chegou nesta segunda aos Estados Unidos, onde fará um discurso no Congresso americano na quarta-feira, 24, após mais de nove meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

O líder israelense considerou, ao partir de Israel, que se trata de uma "viagem muito importante", em um momento de "grande incerteza política" devido à decisão do presidente democrata Joe Biden de não se candidatar à reeleição nas eleições de novembro. Netanyahu se encontrará com Biden nesta terça-feira, 25, informou seu gabinete.

<b>Reféns mortos</b>

Em paralelo aos bombardeios, o exército israelense anunciou nesta segunda-feira a morte de dois reféns mantidos em Gaza. Os militares disseram que confirmaram as mortes de Yagev Buchshtab, 35, e Alex Dancyg, 76, que foram sequestrados de suas casas no sul de Israel em 7 de outubro, com base em informações de inteligência. Não foi informado quando eles morreram.

Os familiares dos reféns pressionam Netanyahu há meses para fechar um acordo que permita o retorno deles para casa. Estados Unidos, Catar e Egito tentam impulsionar negociações por um cessar-fogo que também garanta a libertação de reféns.

Uma delegação israelense viajará na quinta-feira, 26 a Doha para dar continuidade a essas negociações indiretas, informou uma fonte ligada às discussões./AFP e AP.

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