Estadão

Hapvida tem prejuízo líquido consolidado de R$ 312 mi no 2º trimestre

A Hapvida anunciou prejuízo líquido consolidado de R$ 312 milhões no segundo trimestre. O número inclui os resultados da Notre Dame Intermédica, cuja combinação de negócios foi concluída em fevereiro. No segundo trimestre de 2021, a Hapvida havia registrado lucro líquido consolidado de R$ 104,6 milhões, conforme os dados contábeis divulgados à época.

O Ebitda ajustado no segundo trimestre foi de R$ 582,3 milhões, um aumento de 86,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada foi de 9,6%, redução de 3,4 pontos porcentuais, na mesma comparação, explicada, majoritariamente, pelos impactos do reajuste negativo dos planos individuais, pela sinistralidade maior das operadoras recém-adquiridas e pela consolidação da NDI.

Excluindo os custos assistenciais relativos à covid-19 de R$ 62,9 milhões no 2º trimestre de 2022, a margem Ebitda ajustada teria sido de 11,6% no segundo trimestre, ainda impactada negativamente pelas aquisições recentes.

A Hapvida explica que a partir do segundo trimestre do ano passado, inclusive, o Ebitda passou a ser ajustado pelo Incentivo de Longo Prazo (Stock Grant), que teve valor provisionado no segundo trimestre deste ano de R$ 14,1 milhões. A partir do primeiro trimestre de 2022, a Hapvida afirma que começou a mensurar e contabilizar o plano de remuneração baseado em ações (SOP), o qual foi aprovado na AGE de 29/03/2021 e AGO/E de 30/04/2021, tornado vigente após closing e com impacto de R$ 130,7 milhões no segundo trimestre deste ano.

O Ebtida ajustado somente da Hapvida somou R$ 371 milhões, alta de 19,1% em doze meses, enquanto a NDI registrou Ebtida de R$ 210,9 milhões.

As receitas líquidas consolidadas atingiram R$ 6,08 bilhões, crescimento de 153% em 12 meses. A Hapvida registrou receitas de R$ 2,56 bilhões no segundo trimestre, representando aumento de 6,6% no mesmo período comparativo. A NDI fechou o trimestre com receitas líquidas de R$ 3,52 bilhões.

A sinistralidade total aumentou 4,6 pontos porcentuais no consolidado, para 75,3% no segundo trimestre frente ao mesmo trimestre de 2021.

Ao fim do segundo trimestre, a companhia apresentou saldo de empréstimos, financiamentos e debêntures de R$ 11,5 bilhões, incluindo o saldo de contas a pagar de empresas adquiridas, ativos indenizatórios e os saldos de instrumentos financeiros derivativos. A dívida bruta totaliza R$ 12,5 bilhões, com índice de dívida financeira líquida/Ebitda de 2,8 vezes.

De acordo com a empresa, o aumento desse indicador em relação aos trimestres anteriores refere-se ao pagamento da parcela caixa para os acionistas NDI no valor de R$ 3,2 bilhões; dividendo extraordinário da NDI no valor de R$ 1 bilhão; dívida proveniente do balanço de abertura da NDI; e Ebitda LTM ainda impactado pelos impactos do reajuste negativo dos planos individuais, pela sinistralidade maior das operadoras recém-adquiridas e pela consolidação da NDI.

O numero de beneficiários saúde e odonto consolidado cresceu 117,6% no segundo trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para 15,66 mil.

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