Novo técnico da seleção holandesa, Guus Hiddink assumiu a equipe oficialmente nesta sexta-feira e foi apresentado à imprensa em uma coletiva na cidade de Amsterdã. Apesar da mudança no comando, no que depender do novo treinador a Holanda pouco será alterada, já que ele prometeu manter o mesmo estilo adotado por seu antecessor, Louis van Gaal, na campanha do terceiro lugar na Copa do Mundo do Brasil.
“O futebol holandês recebeu um grande impulso e nós precisamos manter isso. Eu não vou fazer grandes mudanças, nós vamos manter a consistência”, declarou Hiddink. “O time teve um desempenho realmente bom no Brasil e nós precisamos ter consciência disso”, completou.
A Holanda chegou ao Mundial questionada pela imprensa local. Isso porque Van Gaal, depois de perder o meia Strootman, lesionado, decidiu escalar a equipe com cinco defensores. O que se viu na Copa, no entanto, foi um futebol dinâmico e formações que se adaptavam a cada adversário. A Holanda, aliás, se tornou a primeira seleção a utilizar todos seus jogadores desde que o torneio passou a ter 23 atletas por equipe, em 2002.
“A Holanda se tornou renomada por conta da escola holandesa de futebol, com um estilo atraente de jogo. Mas há muito mais do que isso, como, primeiramente, o instinto de sobrevivência. Este time mostrou isso soberbamente na Copa do Mundo”, disse Hiddink, que, apesar dos elogios, admitiu que ainda há espaço para evolução. “Agora precisamos nos perguntar em que faceta de nosso jogo podemos melhorar.”
Um dos treinadores de maior sucesso no futebol holandês, tendo conquistado seis campeonatos nacionais e quatro Copas da Holanda com o PSV, Guus Hiddink assume pela segunda vez a seleção. Na primeira, entre 1995 e 1998, ele levou a equipe às semifinais da Copa da França, sendo derrotado nos pênaltis pelo Brasil e ficando com o quarto lugar. Ele também levou a Coreia do Sul às semifinais na Copa de 2002 e a Austrália às oitavas em 2006, melhores participações desses países na história dos Mundiais.