Economia

Hidrovia Tietê-Paraná é reaberta após quase 2 anos de interdição

A Hidrovia Tietê-Paraná, que estava interditada desde maio de 2014 no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava, foi reaberta nesta quarta-feira, 27, informou, em nota, a Secretaria Estadual de Logística e Transportes de São Paulo.

Segundo o comunicado, o ponto estava interditado em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira. A navegação no trecho foi reativada nesta quarta com o calado de 2,8 metros, estabelecido pelo Departamento Hidroviário do Estado (órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes que gerencia o trecho paulista da hidrovia) a partir da manutenção da cota dos reservatórios, que foi definida em 325,94 metros pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). O órgão federal é responsável pelo setor energético.

A hidrovia beneficia diretamente os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná, grandes exportadores de grãos. De 2006 a 2013, a quantidade de cargas transportada pela Tietê-Paraná cresceu de cerca de 3,9 milhões de toneladas para 6,3 milhões de toneladas. Entre os principais produtos transportados estão milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo.

A suspensão da navegação do trecho reaberto nesta quarta atingiu as cargas de longo percurso vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), como soja, milho, celulose e madeira. No restante do percurso paulista da hidrovia houve navegação de cana-de-açúcar e areia, informou o governo.

A hidrovia Tietê-Paraná possui 2.500 quilômetros de extensão, 1.600 deles localizados no Rio Paraná e 800 quilômetros no Tietê. Conecta áreas de produção aos portos marítimos e serve os principais centros do Mercosul.

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