Saúde

HMC abre duas sindicâncias para apurar falhas na UTI

Secretaria de Saúde nega que atitude tenha a ver com as mortes de crianças na UTI

Três semanas após a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal da Criança (HMC) ser interditada, a diretora do hospital, Heloísa Helena Sampaio Ferreira de Castro, instaurou ontem duas comissões de sindicância para apontar falhas no local. Os trabalhos devem ser concluídos em 30 dias.

A Secretaria Municipal de Saúde nega que as sindicâncias tenham relação com os óbitos na UTI, mesmo ciente de que o local não recebeu novos pacientes depois da interdição. As comissões investigarão fatos ocorridos no local, entre os quais, o que resultou na quebra do oxímetro patrimônio – equipamento utilizado para medir a saturação de oxigênio no sangue dos pacientes.

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De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, as sindicâncias fazem parte dos procedimentos de rotina quando ocorrem danificação de equipamentos ou reclamação de mães na Ouvidoria do hospital. A secretaria nega que o oxímetro quebrado tenha contribuído para que ocorresse alguma morte.

Segundo o vereador Eduardo Carneiro (PSL), que tenta instaurar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal para investigar as causas das mortes no hospital, a abertura das sindicâncias deveriam ter ocorrido antes. Ele considera grave a constatação de que um dos oxímetros estava quebrado. "O oxímetro é importante para auxiliar no diagnóstico e em termos vitais do estado do doente. O HMC está caindo aos pedaços", diz.

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS), vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, interditou a UTI do HMC por diversas irregularidades em 31 de maio. No local morreram 12 crianças em dois meses. Guarulhos possui somente 16 leitos de UTI pediátrica, dos quais 10 ficam no HMC.

O secretário municipal de Saúde, Carlos Derman, falou que o município alugaria leitos em UTIs pediátricas em hospitais particulares. Ontem, a secretaria confirmou que não houve assinatura de convênio pois nenhuma das opções verificadas obteve aprovação da Vigilância Sanitária Municipal.

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