os cidadãos holandeses estão indo às urnas nesta quarta-feira em uma eleição Parlamentar, em um momento crucial cujas promessas mais radicais têm ganhado força.
As eleições gerais holandesas estão sendo vistas como um indicador crucial do futuro do populismo na Europa, após a votação do Reino Unido para deixar a União Europeia e a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Mais tarde este ano, a França e a Alemanha também vão às urnas.
Embora a Holanda não tenha tido atentados terroristas, nenhuma crise econômica e tenha uma taxa de desemprego estável em 5,3%, o crescimento da extrema-direita tem chamado a atenção. O candidato Geert Wilders, do Partido da Liberdade (PVV) tem ganhado cada vez mais adeptos e os acontecimentos recentes envolvendo a Turquia podem alimentar ainda mais essa possível vitória.
O maior rival do partido nacionalista e anti-islamismo é o partido conservador do primeiro-ministro Mark Rutte, o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD). Analistas apontam como uma ameaça uma possível vitória do PVV, uma vez que o partido defende o fechamento das fronteiras contra a entrada de imigrantes e a saída do país da UE. Além disso, uma vitória poderia gerar reflexos nas eleições francesas em abril, cuja candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, tem ganhado força.
Entre os demais partidos concorrentes, estão o cristão-democrata CDA, o social-liberal D66, o ecologista GroenLinks (Esquerda Verde), o socialista (SP) e o trabalhista PvdA.
Rutte advertiu que uma vitória eleitoral para Wilders na votação de quarta-feira poderia mergulhar a Holanda no caos. Entre outras propostas de Wilders, está o fechando de mesquitas e a proibição do Alcorão.
Podem votar nas eleições parlamentares os cidadãos holandeses com 18 anos ou mais. Não é preciso se inscrever em seção eleitoral nenhuma. Os residentes legais da Holanda precisam estar registrados em um município. Na quarta-feira, as seções eleitorais abrirão às 7h30 (no horário local e 3h30 de Brasília) e fecham às 21h (17h de Brasília).