Um homem dos Estados Unidos foi acusado de perseguir e assediar uma mulher do interior do estado de Nova York usando um avião de pequeno porte durante quatro anos. Michael Arnold, de 65 anos, compareceu pela primeira vez ao tribunal na quarta-feira, 5, em Bennington, Vermont e se declarou inocente na quinta-feira, 5.
De acordo com o FBI, Arnold estava perseguindo Cassie Wilusz, uma mulher de Schuylerville, Nova York, dona de um café cujo Arnold era cliente. Nestes anos, ele voava baixo sobre a vila onde ela mora e, em determinados momentos, chegou a ser visto jogando tomates do avião. Em junho, em entrevista ao portal local Times Union, Cassie descreveu o assédio como "um pesadelo".
"Ele começou a sobrevoar minha casa, me mandando fotos da minha casa, da minha piscina, do meu quintal, de mim, da minha família, dos meus amigos", disse ela. "Ele me disse que o carma vai me pegar. Ele disse que eu matei meu pai" – que morreu em um incêndio em 2017 – "e que vou matar meu marido. Liguei para a polícia, mas isso nunca para", ela disse ao <i>Times Union</i> em junho.
O homem já estava sob uma ordem temporária de proteção emitida em maio para "cessar e desistir de voar toda e qualquer aeronave" depois de ser acusado de quatro anos de assédio vindo do céu. Ele foi preso na noite de terça-feira, 3, enquanto dirigia para o Aeroporto Estadual William H. Morse em Bennington, Vermont, onde estacionou seu monomotor Cessna 180, disse a polícia.
Ele foi acusado de perseguição agravada, violação de uma ordem de prevenção de abusos, resistência à prisão, impedimento de um funcionário público e fornecimento de informações falsas à polícia. Ele foi libertado pagando fiança, sob diversas condições, incluindo não ter contato com a mulher, não persegui-la e ficar a 91 metros de sua casa e empresa, bem como longe de todos os aviões.
Ao ser preso, ele disse que não havia perseguido ninguém e negou que estivesse pilotando seu avião no dia anterior – quando um sargento do Gabinete do Xerife do Condado de Saratoga, que estava investigando onde ele guardava o avião, o flagrou sobrevoando a região. Ele afirmou que estava viajando com alguém e disse ao policial que não teve contato com a mulher e que se quisesse machucá-la poderia facilmente fazer isso, mas nunca fez, de acordo com o depoimento.
Cassie disse à polícia que há muito tempo temia por sua segurança e temia que Arnold pilotasse seu avião até sua casa, afirmam os documentos judiciais. Arnold está proibido de pilotar qualquer avião sob a ordem que permanece em vigor até 30 de novembro.