A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) veio do grupo Alimentação. De outubro para novembro, o IPC acelerou de 0,64% para 0,90%. No mesmo período, Alimentação saiu de 0,45% para 1,37%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de -10,71% para 11,42%).
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que acelerou de 0,54% para 0,64%, foi influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,39% para 0,77%), Educação, Leitura e Recreação, passou de alta de 0,10% para 0,31%, com destaque para salas de espetáculo (de -0,59% para 0,28%), Comunicação, saiu de alta de 0,17% em outubro para 0,28% em novembro, com contribuição de tarifa de telefone móvel (de 0,05% para 0,40%), e Vestuário acelerou ligeiramente no período, de 0,70% para 0,72%, com influência do item calçados (de 0,29% para 0,56%).
Por outro lado, três classes de despesas apresentaram decréscimo nas taxas de variação. O grupo Despesas Diversas, que desacelerou de 0,09% para 0,02%; Habitação recuou de 0,67% para 0,65%, com destaque para gás de bujão (de 10,94% para 1,46%), ao passo que Transportes teve ligeira desaceleração, ao passar de 1,43% para 1,42%, com contribuição de tarifa de ônibus urbano (de 2,47% para 0,63%).
Entre as maiores influências de alta para o IPC na passagem de outubro para novembro estão gasolina (de 2,77% para 3,49%), tomate (de -6,34% para 37,12%), etanol (de 5,90% para 8,02%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,76% para 1,68%) e batata-inglesa (de -8,04% para 19,99%).
A lista de maiores pressões de baixa, por sua vez, é composta por cebola (apesar do abrandamento da deflação, de -37,30% para -7,19%), manga (de -4,58% para -10,02%), leite tipo longa vida (mesmo reduzindo o ritmo de alta, de -0,86% para -0,66%), leite em pó (de 0,52% para -2,17%) e alimentos para animais domésticos (de 0,54% para -1,67%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) ficou em 0,40% em novembro, mostrando aceleração ante a alta de 0,27% registrada em outubro, divulgou nesta quarta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O INCC-M acumula altas de 7,09% no ano e de 7,36% nos 12 meses até novembro.