Madrugada da última sexta-feira, dia 15, às 2h16, o jovem de 22 anos Felipe Tiago Maciel chegava ao Hospital Padre Bento encaminhado pelo SAMU sentindo fortes dores abdominais. Menos de três horas depois de dar entrada, às 5h, o rapaz foi liberado e voltou para sua casa após ser submetido a um hemograma e, curiosamente, um teste de HIV, que deu negativo.
"Meu filho se contorcia em dor. Não era uma dorzinha no estômago. Ele mal conseguia ficar em pé", contou Silvana Tiago Maciel, mãe de Felipe.
Quando chegaram em casa, a mãe do rapaz conta que o filho voltou a sentir fortes dores e que retornou ao hospital por volta das 11h do mesmo dia, mas só consegui falar com uma médica às 14h. "Ela se estressou com uma paciente que chegou lá e foi embora sem me dar nenhuma resposta", contou Silvana. "Depois voltamos às 19h, com ele sentindo muita dor e a médica disse que o Felipe tinha gastrite e anemia. Uma endoscopia foi marcada para hoje (ontem, 18 de junho), mas não deu tempo de fazer. Ele morreu antes", acrescentou.
Na manhã de sábado, dia 16, um exame de raio-X detectou que o rapaz tinha uma úlcera duodenal e que a mesma já estava em estágio de perfuração estomacal. Felipe então foi encaminhado ao centro cirúrgico, somente 36 horas da primeira entrada no hospital. Para Silvana, houve negligência no momento em que deram alta para o filho após aplicarem os medicamentos na urgência do Pronto Socorro. "Como que meu filho chega andando no hospital e sai de lá morto? Ele estava sentindo muita dor no abdômen e trataram como uma coisa qualquer", desabafou.
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