Economia

HSBC lucrou 56% menos na América Latina no 3º trimestre

O banco britânico HSBC informou que a filial da América Latina registrou lucro antes dos impostos de US$ 96 milhões no terceiro trimestre de 2014. A cifra mostra queda de 56,3% na comparação com igual período do ano passado. O diretor financeiro do grupo, Iain Mackay, explica que o resultado anual na região ainda tem influência da reestruturação dos procedimentos usados no mercado crédito adotada em 2013.

De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 3, as receitas do banco na região caíram 8,2% na comparação anual e somaram US$ 2,11 bilhões no terceiro trimestre. Além dessa contração nas receitas também houve aumento das despesas operacionais que cresceram 4,5% em dólar, para US$ 1,53 bilhão no período. Entre as grandes cifras, a notícia positiva foi a redução das provisões contra risco de crédito, valor que caiu 21% em um ano, para US$ 486 milhões no trimestre.

Apesar da queda anual, o lucro do terceiro trimestre mostra aumento de 50% na comparação com os três meses anteriores, quando o banco reportou resultado antes de impostos de US$ 64 milhões. No acumulado dos nove primeiros meses de 2014, o lucro antes de impostos soma US$ 470 milhões na América Latina, queda de 31,5% na comparação com igual período de 2013.

Durante teleconferência com analistas para divulgar os dados, o diretor financeiro comentou que as cifras da região ainda refletem a reestruturação das operações de crédito do banco britânico adotadas em 2013. Essa mudança afetou especialmente o Brasil. “O principal fator (de influência no resultado) na América Latina é a reorganização das nossas operações, especialmente o portfólio do Brasil. Definitivamente, isso não é um item recorrente”, disse.

Essa reestruturação afetou, por exemplo, a geração de receitas. “Na América do Norte e na América Latina, notadamente no Brasil, nós também fomos afetados pela mudança na composição das nossas carteiras para empréstimos mais seguros, o que gera retorno menor para uma proporção maior da nossa carteira”, explica o balanço. “No Brasil, esse impacto foi maior que o efeito (positivo) do aumento das taxas de juros”.

Essa reestruturação das operações de crédito revisou e alterou procedimentos usados nos empréstimos e financiamentos no Brasil. Uma avaliação mais conservadora do HSBC fez com que as provisões, por exemplo, crescessem US$ 242 milhões no ano passado na filial da América Latina. Essa atitude mais cautelosa foi direcionada especialmente aos empréstimos das pessoas físicas no banco de varejo e para pequenas empresas no País.

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