O Instituto Aço Brasil (IABr) revisou a sua estimativa de produção de aço bruto em 2015 no País para uma queda de 2,0% em relação ao ano passado, a um volume de 33,2 milhões de toneladas. A expectativa anterior apontava para uma queda mais acentuada, de 3,4% nos volumes produzidos. Ainda assim, será o menor volume de produção registrado desde 2010. “Vivemos a pior crise da história da siderurgia brasileira”, disse o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes.
O IABr espera que as vendas de aço no mercado doméstico caiam 16,3% em 2015 em relação ao ano passado, para 18,2 milhões de toneladas. Nesse caso, houve uma piora na percepção, uma vez que em julho a entidade havia revisto a expectativa para as vendas internas para uma queda de 15,6% neste ano. Para 2016, a estimativa é de uma nova baixa, de 4%.
Já para o consumo aparente (produção nacional mais importações menos exportações) de aço, a estimativa é de uma retração de 16,5%, com uma regressão para os patamares de 2007.
A expectativa é de que as exportações do insumo terminem o ano com um crescimento de 36,2% em volume, somando 13,320 milhões de toneladas. Apesar da alta do dólar e do aumento da produção exportada, o valor obtido com as vendas externas deve cair 1,5% em 2015.
Já as importações terão queda de 16,9% em volume e de 22% em valor em 2015. Diante de um excedente de capacidade de aço de mais de 700 milhões de toneladas no mundo, na maior parte vindas da China, e das práticas de comércio consideradas desleais do país asiático, o setor siderúrgico brasileiro está pressionando o governo por um aumento na alíquota de importação do produto.
