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Ian Fleming, criador de James Bond, completaria 107 anos nesta quinta

O nome dele era Fleming, Ian Fleming. E várias curiosidades cercam o escritor, criador da série 007 e do agente secreto James Bond, que completaria nesta quinta, 28, 107 anos. Por exemplo, o título do longa de 1995, inspirado em um de seus romances, adota o nome da propriedade do autor britânico localizada na Jamaica, Goldeneye, onde ele escreveu todos os livros de 007.

E mais, não há nada de muito poético na escolha do nome da primeira bond girl, Vesper Lynd, do filme Casino Royale, também título do primeiro livro da série de Bond (1953). Ele foi tirado de um coquetel jamaicano, que leva em sua composição rum congelado, frutas e ervas. A princípio, o próprio James Bond foi idealizado pelo escritor como um sujeito sem graça e tedioso, mas, no fim, quem venceu foi o macho charmoso e poderoso.

Algumas heroínas famosas criadas na literatura de Fleming, como a vidente Solitaire, de Com 007 Viva e Deixe Morrer, de 1973, e a bond girl Domino, de 007 Contra a Chantagem Atômica, de 1965, devem seus nomes a pássaros raros da Jamaica. Diz a lenda que, para dar um nome a seu agente secreto, o escritor se inspirou no ornitólogo norte-americano James Bond, especialista em pássaros caribenhos e autor de um guia fundamental sobre o tema, Birds of the West Indies.

Mas o que este oficial da Inteligência Naval inglesa, autor de 14 romances sobre Bond e um livro infantil, pensava sobre a América? Como o muitíssimo britânico agente 007 parecia sempre salvar o mundo sozinho, não é grande surpresa saber que Fleming não dava muita importância aos Estados Unidos. “É uma sociedade que não consegue estabelecer uma clara definição moral do que é certo e errado”, ele dizia. Acreditava, ainda, que os norte-americanos eram totalmente despreparados para governar o mundo, que agora é deles.

Com Sean Connery no papel de Bond e Ursula Andress como Honey Ryder, a primeira das muitas bond girls, 007 Contra o Satânico Dr. No inaugurou a série, em 1962, e atraiu a atenção de uma geração inteira para o personagem.

Na verdade, a franquia de filmes de James Bond esgotou há muito tempo os títulos criados por Ian Fleming, que morreu de um ataque cardíaco em 12 de agosto de 1964, e vários escritores foram chamados para continuar a tradição, mas sempre mantendo o tempero criado pelo inglês, à base de ação, sexo e luxo.

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