A alta de 14,0% na população desocupada no trimestre até abril de 2015 em relação a igual período de 2014 foi a maior já observada nesta comparação em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em janeiro de 2012. Com o aumento, 985 mil pessoas entraram na fila do desemprego em todo o País.
O resultado reflete sobretudo a geração de vagas insuficiente para absorver o contingente de pessoas que passou a procurar emprego, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população ocupada aumentou 0,7% no trimestre até abril em relação a igual período de 2014. Um ano antes, a alta neste mesmo tipo de confronto era mais intensa, de 1,9%.
“A geração de vagas reduziu o ritmo de alta, enquanto o número de pessoas buscando trabalho aumentou”, explicou Azeredo. Ao todo, a população na força de trabalho (que está trabalhando ou se dispõe a procurar um emprego) aumentou 1,6% no mesmo intervalo, o que significa 1,614 mil pessoas a mais em atividade. Contudo, apenas 629 mil encontraram emprego, segundo o IBGE.