O efeito da Copa do Mundo sobre a produção industrial deve persistir no mês de julho. Após a queda de 1,4% percebida em junho ante maio, o resultado do mês passado também deve trazer uma desaceleração adicional provocada pelo evento esportivo. Os dados serão conhecidos no dia 02 de setembro.
“É claro que se tem um prolongamento do evento em si (a Copa terminou em 13 de julho). O que se tem de relatos é que algumas empresas ainda tiveram algum tipo de paralisação para esse mês. Mas para saber a influência disso no resultado, temos de esperar todas as informações”, afirmou o gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. “É claro que se tem ali ainda alguns dias de redução de trabalho para alguns setores”, acrescentou.
Macedo ainda destacou que a queda de 9,7% na produção de bens de capital, a quarta seguida na margem, preocupa. “O segmento tem relação direta com investimentos e com expectativa que os empresários têm da atividade como um todo. As sondagens que mensuram expectativas encontram-se em níveis de 2009, então se entende por que bens de capital, que têm relação com investimento, têm tido quedas mês a mês”, disse.